Campanha de Vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação do ano de 2015.

O Ministério da Saúde, por meio da Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações (CGPNI) e da Coordenação-Geral de Doenças Transmissíveis (CGDT), do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis (DEVIT), da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) integrada e articulada às Secretarias Estaduais e Municipais da Saúde, realizará no período de 15 a 31 de agosto, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite do ano de 2015 e a Campanha Nacional de Multivacinação para Atualização de Caderneta de Vacinação, sendo 15 de agosto, o dia de divulgação e mobilização nacional.

Esta será a 36ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e neste ano comemora-se o 26º ano sem a doença no país, estando livre do poliovírus desde 1990, destaca-se que até que aconteça a certificação mundial da erradicação desse agente infeccioso, todas as ações devem ser mantidas, portanto a importância desta Campanha que tem como objetivo vacinar indiscriminadamente crianças de seis meses a menores de cinco anos de idade, mantendo desta forma elevadas coberturas vacinais de forma homogênea em todos os municípios, e assim, evitar a reintrodução do vírus selvagem da poliomielite no país.
Com relação à Campanha Nacional de Multivacinação para Atualização do Esquema Vacinal, essa é uma importante ação do Ministério da Saúde e um dos seus compromissos assumidos com a população brasileira.
Desde 1971, no Brasil, muitos esforços foram envidados para o controle, a eliminação e a erradicação das doenças imunopreveníveis no país. Uma série de iniciativas e estratégias exitosas foram desenvolvidas, destacando-se o envolvimento das três esferas de gestão nas ações de imunização, resultando na erradicação da varíola, febre amarela urbana e poliomielite.

O grupo alvo na campanha contra a poliomielite são as crianças de seis meses a menores de cinco anos de idade!

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA POLIOMIELITE

Este é o 36º ano de Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e o 26º ano livre da doença no país. Destaca-se que em 1988, desde a realização da Assembléia Mundial da Saúde, houve redução da incidência mundial dessa doença em mais de 99% e o número de países onde a pólio é endêmica passou de 125 para três (Nigéria, Paquistão e Afeganistão). Sem esse esforço internacional, mais de 10 milhões de pessoas teriam sido afetadas pela poliomielite. No entanto, muitos esforços deverão ser empenhados para que o mundo fique livre desta doença. Conflitos, instabilidade política, populações de difícil acesso e infraestrutura inadequada continuam a representar desafios para erradicação da poliomielite. Os desafios são diferentes em cada país e que exigem soluções locais. Assim, em 2013, a Iniciativa Global de Erradicação da Pólio lançou um plano mais abrangente e ambicioso para erradicar globalmente a doença, o Plano Estratégico de Erradicação da Pólio e Endgame 2013-2018.

No Brasil, foram notificados 2.564 casos de poliomielite em 1979 e 1.290 em 1980, quando se iniciaram as campanhas nacionais de vacinação. Em 1981, foram apenas 122 casos notificados. Entretanto, em 1984 houve o recrudescimento de casos no Nordeste, quando se registrou baixa cobertura vacinal e problemas na conservação de vacinas. Em 1989, foram registrados os últimos casos de poliomielite no país, mantendo-se com incidência zero desde aquele ano. Em 1994 o país recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) a Certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem do seu território, juntamente com os demais países das Américas.